domingo, 8 de janeiro de 2012

MUTIRAMA: A LAMA CONTINUA (PARTE 4)

MAIS UMA MORTE NO MUTIRAMA


 




No final da tarde de ontem (06/01/12), mais um funcionário que trabalhava na reforma do Parque Mutirama morreu durante a perfuração de um poço dentro do canteiro de obras do parque. Antônio Soares da Silva, funcionário da Warre Engenharia, empresa responsável pela construção do túnel sob a Av. Araguaia e também pela passarela sobre a Marginal Botafogo, foi socorrido pelo SAMU, após ter sofrido uma descarga elétrica durante a realização do trabalho, mas morreu no mesmo local. 
Quando do início das obras de reforma do Parque Mutirama, a prefeitura de Goiânia foi alertada sobre o descumprimento da legislação trabalhista com relação à falta de segurança e de materiais de proteção para trabalhadores tanto da prefeitura (funcionários municipais) quanto da Warre Engenharia. No entatanto, mais uma morte ocorreu nesta desastrosa obra de reforma do referido parque público municipal. 
É notório a obsessão e obstinação da prefeitura em inaugurar o mais rápido possível o parque, mesmo que isso implique em descumprimento dos códigos trabalhistas, em desapropriações ilegais, caos no trânsito e desastres ambientais. Tudo isso se explica pela corrida eleitoral de 2012, onde o atual prefeito, o Sr. Paulo Garcia,  é candidato a reeleição. Para o PT a disputa virou na verdade um "vale tudo", e o Mutirama, é uma das  principais bandeiras eleitorais do prefeito petista (a segunda bandeira eleitoral é o famigerado Programa Macambira Anicuns).
A morte do trabalhador Antônio Soares da Silva, não foi a primeira envolvendo a reforma do Parque Mutirama. Foi publicado pela imprensa a morte de uma professora, moradora vizinha ao parque, que faleceu por problemas cardíacos oriundos da notícia do despejo de sua família do setor central pela prefeitura, em virtude das desaspropriações ilegais envolvendo a reforma. Houveram também mortes (que não foram noticiadas pela imprensa) de funcionários públicos municipais da prefeitura, que estavam lotados no Mutirama, que tinham mais de 30 anos de serviços prestados no parque, e que  se suicidaram, ao serem remanejados de forma abrupta e desumana para outras secretarias da prefeitura, tendo que realizar tarefas muito pesadas e que nunca haviam feito antes, sem receberem nenhum cuidado, assistência ou acompanhamento psicológico, logo então se desesperaram e  tomaram  a atitude de tirarem a própria vida. Ou seja, a prefeitura, além de pagar  muitíssimo mal, tem também  a macabra função de "suicidar" seus próprios funcionários.
A Lama ainda continua......



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