sábado, 7 de janeiro de 2012

MUTIRAMA: A LAMA CONTINUA... (PARTE 2)

Alguns moradores da cidade de Goiânia já sugeriram até a mudança do nome do principal parque da cidade, ao invés de Parque Mutirama, segundo eles deveria ser chamado de Parque "MUTILAMA", e não é por menos, a cada dia surge um escândalo novo envolvendo a reforma do parque:


O Parque Infantil Mutirama construído e idealizado em 1969,  fica localizado entre as avenidas Araguaia, Independência e Contorno no Setor Central (antigo bairro popular).  O Parque possuía brinquedos tradicionais como túnel do terror, tobogã, montanha russa, trenzinho, autorama, montanha russa, rotor, xícara-maluca, carrossel, bate-bate, astronauta, e muitos outros brinquedos eletro-mecânicos, mas que foram sendo sucateados e danificados por falta de manutenção e por má gestão. Existia também  em seu interior um grande parque de areia com balanços, escorregadores, rodinhas, quebra-cabeças, etc. Próximo ao parquinho de areia ainda existe réplicas em tamanho gigante de diversos animais pré-históricos formando um Parque Temático sobre Dinossauros. O Parque conta ainda com o planetário da UFG, que é a única parte em funcionamento atualmente, e que abre ao público aos domingos, às 15h30 e 16h30. O Mutirama passou por várias reformas estruturais no passado, no entanto as reformas eram realizadas por etapas, envolvendo áreas distintas, e nunca fora feita uma reforma ou revitalização como a atual, onde fosse necessário fechá-lo totalmente, ou mesmo interditar as avenidas que o circundam. Em gestões anteriores, as reformas obedeciam a um polanejamento sistematizado, onde quando se reformava os brinquedos eletro-mecânicos, os demais, como o parque de areia ou as quadras poliesportivas eram mantidas em funcionamento, e vice-versa, com total segurança, de forma a permitir o desfrute desta grande área de lazer pela população. 
Mas dessa vez, na atual gestão,  não houve sequer planejamento. Primeiro deixaram o parque por vários anos sem manutenção, com a maioria dos brinquedos interditados e sem segurança. A má gestão levou ao fechamento do parque, inclusive com ações do Ministério Público. Antes do fechamento do Mutirama, o mesmo só estava sendo aberto de forma precária no período de férias escolares em Goiânia, o que a prefeitura denominava de "RECREIO NAS FÉRIAS", onde os usuários corriam sérios riscos de morte, pois até mesmo os pára-raios não mais funcionavam, segundo laudos técnicos  do próprio corpo de bombeiros.  
Hoje a ampla reforma do parque enfrenta sérios problemas judiciais, que envolvem problemas graves sobre licitações e superfaturamento na compra de brinquedos. A empresa ASTRI, vencedora da licitação, segundo laudos dos processos, foi criada meses antes da publicação do edital no diário oficial e sem patrimônio finaceiro suficiente para garantia das obras especificadas no edital. Como se não bastasse (para quem tiver a curiosidade de ler o edital de reforma do Parque Mutirama, leia-o) não existe nas cláusulas do contrato a construção de infra estrutura para manutenção dos brinquedos, ou seja, não será construído pela empresa ASTRI nenhuma oficina de eletro-técnica, nem de informática, nem oficina mecânica, marcenaria ou mesmo de fibras (vidro/amianto) para manutenção e assistência técnica aos "novos" brinquedos. Na verdade, não haverá nenhuma manutenção, deve estar nas mentes dos burocratas e dos colarinhos brancos da prefeitura, que provavelmente tudo deverá ser sucateado novamente para realização de outras reformas, ou deverá ser encaminhado à Câmara Municipal da cidade de Goiâniua, o pedido para a terceirização destes serviços, como forma de gastar mais dinheiro público e destiná-los aos bolsos dos "compadres" e empresários do lazer.
E lama continua...... 

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